quinta-feira, 7 de maio de 2009

Minc pede monitoramento de areias de praias contaminadas

Em mais uma análise de trechos de areia de praias encomendadas pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj ao Curso de Tecnologia de Meio Ambiente da Unigranrio, foram constatados, em setembro de 2006, altos índices de contaminação dos trechos do Pepê e do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, por parasitas e fungos. A análise de trechos da areia da Praia de São Conrado apresentou resultados melhores.
Nos trechos da Praia da Barra, foram encontradas larvas de nematoda, parasita presente no intestino de animais e humanos que pode causas doenças intestinais. No Pepê, o nível de coliformes fecais foi de 860 em 50 gramas de areia lavada; e no Quebra-Mar, de 3.000 em 50 gramas. Um nível acima de 400 não é recomendado para o contato humano.
Foi constatado ainda alto de nível de fungos - maior do que 100 mil nos dois trechos da Barra -, o que pode causar micoses de pele e nas unhas do banhistas. Em areias limpas, a contagem normal de fungos vai de 100 a 1.000 por 50 gramas de areia lavada.
Para o oceanógrafo David Zee, professor da Unigranrio que coordenou o exame, os bons índices na Praia de São Conrado - que historciamente apresenta alto índice de contaminação - devem ter sido devidos a uma ressaca que lavou a areia, diminuindo a concentração poluente.
Os resultados reforçaram a estratégia ecológica do deputado estadual Carlos Minc, presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, de continuar a reivindicar auditoria ambiental nas redes de esgoto e pluvial administradas pela Cedae e a solicitar ao Ministério Público que a Feema e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente sejam obrigadas a monitorar os índices de contaminação e a limpar as areias das praias do Rio. A Vigilância Sanitária também já foi notificada para que instale placas nas praias de alerta sobre os riscos de contaminação.
Praias da Baía de Guanabara
Em agosto de 2006, exame anterior em trechos de areia das praias Vermelha, Urca, Flamengo e Botafogo havia constatado índices de coliformes fecais até 24 mil vezes acima do limite recomendado, além de fungos. O trabalho, realizado pela Unigranrio a cargo do professor David Zee, fez parte de uma série de exames solicitados pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj.
Na Praia da Urca foi encontrado o parasita Toxocara canis, espécie rara em praias urbanas e que pode provocar lesões cerebrais, principalmente em crianças.Minc lembra que a Constituição Estadual determina que a Feema monitore as águas, as areias e o ar. Mas o órgão ambiental só realiza esse monitoramente ambiental na água, mesmo assim de vez em quando. No ar, faz uma vez por ano, e nunca fizeram das areias.

Confira o Link: http://www.minc.com.br/mandato/meioambi/areiapraia.htm

Nenhum comentário: