Dentre ele: canudos, garrafas plásticas vazias, moedas, papéis, restos de comida entre muitas outras coisas que contribuem para o desenvolvimento de microorganismos nocivos na areia.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Areia contaminada em praias de Vila Velha e Parques de Vitória
Fonte: Portal "Vila Capixaba" - publicação feita em 11/10/2008
Caminhar sobre a areia da praia em Vila Velha pode ser uma atividade de risco para a saúde. Absurdo? Nem tanto, se for levado em consideração o índice de contaminação encontrado durante estudo feito pesquisadores da UVV: 71% das amostras de areia colhidas continham larvas de parasitas que causam diarréia e outras doenças. A coleta foi feita num trecho de sete quilômetros entre as praias da Costa e de Itaparica, entre os meses de julho e setembro deste ano. Em cada um dos 14 pontos foram colhidas 12 amostras de areia, e na maior parte delas foi encontrado Ancylostoma, parasita conhecido como "bicho geográfico", cujas larvas podem ficar migrando na pele da pessoa infectada e causar coceira, insônia e até diarréia se forem ingeridas. Mais perigoso que o Anylostoma, o parasita Strongyloides stercoralis também foi encontrado na areia. Entrando na pele do homem, ele pode causar crises de diarréia alternadas com constipação intestinal e outros problemas, como explica a médica Daniela Isoton, professora de parasitologia e membro do Complexo de Bio-práticas da instituição de onde partiu a pesquisa. "Esse parasita é uma praga para o homem, principalmente para pessoas que apresentem baixa imunidade. O estudo mostra que o homem contamina seu próprio ambiente", frisa. Os excrementos de animais e mesmo de humanos não são os únicos problemas relacionados à limpeza das praias enfrentados pelos moradores dessas regiões. Restos de comida, palitos de churrasco, sacolas plásticas são apenas alguns exemplos dos objetos que atrapalham a vida de quem tenta fazer sua caminhada ou corrida à beira-mar. Para o funcionário público Antonio Carlos das Neves, 47, que corre sempre na Praia da Costa, falta consciência aos banhistas. "É um absurdo a situação das areias. Sem falar nos palitos de churrasco. Já até me furei com um. Falta consciência de quem freqüenta o local, principalmente no fim de semana. A prefeitura deveria distribuir melhor as lixeiras e fazer um trabalho de conscientização."
Vermes Também em Parques de Vitória
Em novembro do ano passado, outra pesquisa também realizada pela UVV apontou alto índice de contaminação nas areias dos parquinhos de praças de Vitória. A contaminação por fezes de cães e gatos foi constatada em 63% dos locais visitados. O mesmo tipo de contaminação também foi percebido no período em praias e parquinhos de Vila Velha, mas em percentual menor. A prefeitura, na época, alegou que, nas pracinhas, a limpeza da areia era feita de seis em seis meses e que, nas praias, a administração admitiu que a limpeza era feita quando a sujeira se tornava "visível" ou quando alguma associação de moradores solicitava. Os mesmos parasitas foram encontrados na pesquisa do ano passado, feita com menor número de amostras.
"Fazemos limpeza todo dia"
Sérgio Toniato. Gerente de Resíduos Sólidos da Secretaria de Serviços Urbanos de Vila Velha"Fazemos a limpeza da praia todos os dias. Durante a manhã e também à noite, fazemos a coleta do lixo. Realizamos ainda um trabalho de conscientização que é feito especialmente no verão. Nessa estação do ano, entregamos sacolas de lixo. Pensamos em estender esse trabalho para outras épocas do ano, mas a freqüência nas praias também diminui. O que podemos fazer é um estudo para ver se há necessidade de aumentar o número de lixeiras. A conscientização é um processo difícil, lento. Como você vai pedir para que a pessoa pare de jogar lixo na praia se ela faz aquilo há 20 anos? Não é simplesmente durante uma campanha que o comportamento dela vai mudar. Mas continuamos insistindo."
Para moradores, sobram sujeira e vandalismo
A falta de limpeza e de manutenção é um dos principais problemas enfrentados pelos freqüentadores da Praia da Costa, na opinião da professora Danielle Vilela, 37 anos, mãe dos gêmeos Maria Vitória e Joaquim. "Precisa limpar mais, pois há muito cachorro por aqui. À noite, o pessoal urina, é vandalismo mesmo que acontece. Além disso, o parque é feito para crianças, e adultos e adolescentes ficam ali direto, estragam os brinquedos", lamentou. Ao lado dela, a babá Naiane dos Santos, 18 anos, que toma conta do pequeno Bruno, contou que ele já teve micose nos pés e que a mãe desconfiou de que areia do parquinho fosse a fonte de contaminação.
Confira o Link: http://www.vilacapixaba.com/Mostra.asp?Id=389
Caminhar sobre a areia da praia em Vila Velha pode ser uma atividade de risco para a saúde. Absurdo? Nem tanto, se for levado em consideração o índice de contaminação encontrado durante estudo feito pesquisadores da UVV: 71% das amostras de areia colhidas continham larvas de parasitas que causam diarréia e outras doenças. A coleta foi feita num trecho de sete quilômetros entre as praias da Costa e de Itaparica, entre os meses de julho e setembro deste ano. Em cada um dos 14 pontos foram colhidas 12 amostras de areia, e na maior parte delas foi encontrado Ancylostoma, parasita conhecido como "bicho geográfico", cujas larvas podem ficar migrando na pele da pessoa infectada e causar coceira, insônia e até diarréia se forem ingeridas. Mais perigoso que o Anylostoma, o parasita Strongyloides stercoralis também foi encontrado na areia. Entrando na pele do homem, ele pode causar crises de diarréia alternadas com constipação intestinal e outros problemas, como explica a médica Daniela Isoton, professora de parasitologia e membro do Complexo de Bio-práticas da instituição de onde partiu a pesquisa. "Esse parasita é uma praga para o homem, principalmente para pessoas que apresentem baixa imunidade. O estudo mostra que o homem contamina seu próprio ambiente", frisa. Os excrementos de animais e mesmo de humanos não são os únicos problemas relacionados à limpeza das praias enfrentados pelos moradores dessas regiões. Restos de comida, palitos de churrasco, sacolas plásticas são apenas alguns exemplos dos objetos que atrapalham a vida de quem tenta fazer sua caminhada ou corrida à beira-mar. Para o funcionário público Antonio Carlos das Neves, 47, que corre sempre na Praia da Costa, falta consciência aos banhistas. "É um absurdo a situação das areias. Sem falar nos palitos de churrasco. Já até me furei com um. Falta consciência de quem freqüenta o local, principalmente no fim de semana. A prefeitura deveria distribuir melhor as lixeiras e fazer um trabalho de conscientização."
Vermes Também em Parques de Vitória
Em novembro do ano passado, outra pesquisa também realizada pela UVV apontou alto índice de contaminação nas areias dos parquinhos de praças de Vitória. A contaminação por fezes de cães e gatos foi constatada em 63% dos locais visitados. O mesmo tipo de contaminação também foi percebido no período em praias e parquinhos de Vila Velha, mas em percentual menor. A prefeitura, na época, alegou que, nas pracinhas, a limpeza da areia era feita de seis em seis meses e que, nas praias, a administração admitiu que a limpeza era feita quando a sujeira se tornava "visível" ou quando alguma associação de moradores solicitava. Os mesmos parasitas foram encontrados na pesquisa do ano passado, feita com menor número de amostras.
"Fazemos limpeza todo dia"
Sérgio Toniato. Gerente de Resíduos Sólidos da Secretaria de Serviços Urbanos de Vila Velha"Fazemos a limpeza da praia todos os dias. Durante a manhã e também à noite, fazemos a coleta do lixo. Realizamos ainda um trabalho de conscientização que é feito especialmente no verão. Nessa estação do ano, entregamos sacolas de lixo. Pensamos em estender esse trabalho para outras épocas do ano, mas a freqüência nas praias também diminui. O que podemos fazer é um estudo para ver se há necessidade de aumentar o número de lixeiras. A conscientização é um processo difícil, lento. Como você vai pedir para que a pessoa pare de jogar lixo na praia se ela faz aquilo há 20 anos? Não é simplesmente durante uma campanha que o comportamento dela vai mudar. Mas continuamos insistindo."
Para moradores, sobram sujeira e vandalismo
A falta de limpeza e de manutenção é um dos principais problemas enfrentados pelos freqüentadores da Praia da Costa, na opinião da professora Danielle Vilela, 37 anos, mãe dos gêmeos Maria Vitória e Joaquim. "Precisa limpar mais, pois há muito cachorro por aqui. À noite, o pessoal urina, é vandalismo mesmo que acontece. Além disso, o parque é feito para crianças, e adultos e adolescentes ficam ali direto, estragam os brinquedos", lamentou. Ao lado dela, a babá Naiane dos Santos, 18 anos, que toma conta do pequeno Bruno, contou que ele já teve micose nos pés e que a mãe desconfiou de que areia do parquinho fosse a fonte de contaminação.
Confira o Link: http://www.vilacapixaba.com/Mostra.asp?Id=389
Areia de Praias de Aracaju causa Doenças
Reportagem publicada no "Jornal da Cidade" em 22/01/2009
Durante o verão, a orla de Aracaju fica lotada de banhistas que procuram as praias para fugir do calor escaldante da capital. Mas, essa prática exige mais cuidados do que se imagina. De acordo com um estudo desenvolvido por alunos de graduação em Biomedicina da Universidade Tiradentes, no Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), as praias aracajuanas apresentam sérios problemas no que diz respeito à qualidade da areia. O estudo selecionou três localidades na orla: a Praia dos Artistas, na Coroa do Meio, que recebe o primeiro impacto de todo o esgoto da capital; a Praia de Atalaia, na região dos arcos, um marco da cidade onde se concentra o maior número de pessoas devido à proximidade com o terminal de ônibus e os hotéis; e a Praia de Aruana, local afastado pelo menos 500 metros de bares e residências. O primeiro passo foi analisar indicadores comuns como Escherichia coli (coliformes fecais), um fator de contaminação com esgoto doméstico. Este indicador não revela problemas sérios. Porém, durante a análise dos fatores abióticos (detritos levados pela própria população), percebeu-se forte incidência em todas as praias, mesmo na Aruana, de uma grande quantidade de lixo. O segundo passo, então, foi analisar o que esses fatores abióticos causavam, e o resultado foi alarmante. Foram encontrados altos níveis de parasitas, bactérias e fungos em todos os locais estudados, sendo que a Praia de Atalaia apresentou os maiores níveis de contaminação. “Nós achávamos que a Praia dos Artistas seria a mais problemática por conta da proximidade com os dejetos de esgoto e o Rio Sergipe, mas não era. Ela tem muita incidência de parasitas, por conta da proximidade com o asfalto e o rio, mas a Atalaia, sem dúvida, apresentou os maiores problemas de contaminação, tanto de fungos dermatófitos, fungos totais, bactérias totais, parasitas e salmonela. A Praia de Aruana, apesar de estar afastada, também apresentou problemas em relação aos parasitas”, relata Álvaro Silva Lima, doutor em Engenharia de Alimentos, pesquisador do ITP e orientador do projeto. Problemas à Saúde As bactérias, parasitas e fungos presentes na areia das praias de Aracaju, podem causar diversos danos à saúde. É o caso do parasita ancilóstomo, encontrado em grande quantidade pelos pesquisadores, que pode se instalar no organismo humano através do contato da pele com a areia, causando problemas intestinais e anemias profundas. “Entre outros problemas, nós encontramos níveis de salmonela por conta do depósito de alimentos na areia e verificamos a presença de fungos dermartófitos, causadores das micoses, o que é muito comum e as pessoas não sabem onde contraíram o problema. Além disso, há a forte presença de parasitas que muitas vezes são levados pelas fezes dos animais de estimação dos banhistas”, ressalta Álvaro Lima. Segundo o professor da Unit e pesquisador do ITP, as causas da problemática são de origem cultural e estrutural. A maioria das praias não possui lixeiras, o tratamento de esgoto é precário e já se tornou um hábito dos banhistas, depositar restos de alimentos na areia e levar animais de estimação até a praia. Além disso, todas as festas públicas de Aracaju são realizadas na areia e, com certeza, durante esses eventos cresce a incidência de dejetos de fezes, sobras de comida e lixo de todas as espécies, o que aumenta o nível de contaminação. “Para resolvermos ou, ao menos, aliviarmos esse tipo de problema, precisaríamos primeiramente de políticas de conscientização ambiental: proibição de animais de qualquer espécie na areia (eles produzem seus dejetos e os seus donos não têm o hábito e o cuidado de recolher); disponibilização de lixeiras na areia da praia; realização de limpezas periódicas, e, é claro, um tratamento de esgoto eficiente. Mas, sem dúvida, nada disso vai funcionar se não houver educação ambiental constante e fiscalização permanente pelo poder público”, conclui o professor Álvaro.
Confira o Link: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=24272
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Minc pede monitoramento de areias de praias contaminadas
Em mais uma análise de trechos de areia de praias encomendadas pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj ao Curso de Tecnologia de Meio Ambiente da Unigranrio, foram constatados, em setembro de 2006, altos índices de contaminação dos trechos do Pepê e do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, por parasitas e fungos. A análise de trechos da areia da Praia de São Conrado apresentou resultados melhores.
Nos trechos da Praia da Barra, foram encontradas larvas de nematoda, parasita presente no intestino de animais e humanos que pode causas doenças intestinais. No Pepê, o nível de coliformes fecais foi de 860 em 50 gramas de areia lavada; e no Quebra-Mar, de 3.000 em 50 gramas. Um nível acima de 400 não é recomendado para o contato humano.
Foi constatado ainda alto de nível de fungos - maior do que 100 mil nos dois trechos da Barra -, o que pode causar micoses de pele e nas unhas do banhistas. Em areias limpas, a contagem normal de fungos vai de 100 a 1.000 por 50 gramas de areia lavada.
Para o oceanógrafo David Zee, professor da Unigranrio que coordenou o exame, os bons índices na Praia de São Conrado - que historciamente apresenta alto índice de contaminação - devem ter sido devidos a uma ressaca que lavou a areia, diminuindo a concentração poluente.
Os resultados reforçaram a estratégia ecológica do deputado estadual Carlos Minc, presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, de continuar a reivindicar auditoria ambiental nas redes de esgoto e pluvial administradas pela Cedae e a solicitar ao Ministério Público que a Feema e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente sejam obrigadas a monitorar os índices de contaminação e a limpar as areias das praias do Rio. A Vigilância Sanitária também já foi notificada para que instale placas nas praias de alerta sobre os riscos de contaminação.
Praias da Baía de Guanabara
Em agosto de 2006, exame anterior em trechos de areia das praias Vermelha, Urca, Flamengo e Botafogo havia constatado índices de coliformes fecais até 24 mil vezes acima do limite recomendado, além de fungos. O trabalho, realizado pela Unigranrio a cargo do professor David Zee, fez parte de uma série de exames solicitados pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj.
Na Praia da Urca foi encontrado o parasita Toxocara canis, espécie rara em praias urbanas e que pode provocar lesões cerebrais, principalmente em crianças.Minc lembra que a Constituição Estadual determina que a Feema monitore as águas, as areias e o ar. Mas o órgão ambiental só realiza esse monitoramente ambiental na água, mesmo assim de vez em quando. No ar, faz uma vez por ano, e nunca fizeram das areias.
Confira o Link: http://www.minc.com.br/mandato/meioambi/areiapraia.htm
Nos trechos da Praia da Barra, foram encontradas larvas de nematoda, parasita presente no intestino de animais e humanos que pode causas doenças intestinais. No Pepê, o nível de coliformes fecais foi de 860 em 50 gramas de areia lavada; e no Quebra-Mar, de 3.000 em 50 gramas. Um nível acima de 400 não é recomendado para o contato humano.
Foi constatado ainda alto de nível de fungos - maior do que 100 mil nos dois trechos da Barra -, o que pode causar micoses de pele e nas unhas do banhistas. Em areias limpas, a contagem normal de fungos vai de 100 a 1.000 por 50 gramas de areia lavada.
Para o oceanógrafo David Zee, professor da Unigranrio que coordenou o exame, os bons índices na Praia de São Conrado - que historciamente apresenta alto índice de contaminação - devem ter sido devidos a uma ressaca que lavou a areia, diminuindo a concentração poluente.
Os resultados reforçaram a estratégia ecológica do deputado estadual Carlos Minc, presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, de continuar a reivindicar auditoria ambiental nas redes de esgoto e pluvial administradas pela Cedae e a solicitar ao Ministério Público que a Feema e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente sejam obrigadas a monitorar os índices de contaminação e a limpar as areias das praias do Rio. A Vigilância Sanitária também já foi notificada para que instale placas nas praias de alerta sobre os riscos de contaminação.
Praias da Baía de Guanabara
Em agosto de 2006, exame anterior em trechos de areia das praias Vermelha, Urca, Flamengo e Botafogo havia constatado índices de coliformes fecais até 24 mil vezes acima do limite recomendado, além de fungos. O trabalho, realizado pela Unigranrio a cargo do professor David Zee, fez parte de uma série de exames solicitados pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj.
Na Praia da Urca foi encontrado o parasita Toxocara canis, espécie rara em praias urbanas e que pode provocar lesões cerebrais, principalmente em crianças.Minc lembra que a Constituição Estadual determina que a Feema monitore as águas, as areias e o ar. Mas o órgão ambiental só realiza esse monitoramente ambiental na água, mesmo assim de vez em quando. No ar, faz uma vez por ano, e nunca fizeram das areias.
Confira o Link: http://www.minc.com.br/mandato/meioambi/areiapraia.htm
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Perigo Oculto na Areia
Pesquisa FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Edição Impressa 132 - Fevereiro 2007
É só ver um monte de areia que as crianças começam a cavar e construir castelos ou fazer desenhos. Mas essa diversão inocente pode guardar um risco oculto para a saúde. É que a areia pode conter ovos de parasitas de cães e gatos – entre eles, o Toxocara canis. Esse verme encontrado nos intestinos dos cachorros elimina milhares de ovos para o ambiente por meio das fezes dos cães. A criança que brinca na areia contaminada e põe a mão na boca pode acabar doente. No intestino, os ovos eclodem e liberam uma larva que migra para órgãos importantes como o fígado, o coração e os pulmões. Quando o sistema imunológico não consegue combater as larvas, surge a toxocaríase visceral, uma inflamação que se manifesta como anemia, inchaço do fígado, tosse ou asma, geralmente combatida com vermífugos e antiinflamatórios. Para ver se o risco de contaminação seria maior em alguns períodos do ano, Maisa Queiroz, do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, visitou durante 18 meses nove praças e terrenos da região sul de São Paulo freqüentados por crianças. Com a equipe de Pedro Chieffi, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, ela analisou as amostras e constatou que todas continham ovos no estágio em que infectam seres humanos. Havia ovos em maior quantidade entre fevereiro e julho, que inclui o período em que é mais freqüente o cio das cadelas (Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo). Como evitar o problema? “Tratando os cachorros com vermífugos e impedindo o acesso de cães e gatos à areia em que as crianças brincam”, diz Maisa.
Edição Impressa 132 - Fevereiro 2007
É só ver um monte de areia que as crianças começam a cavar e construir castelos ou fazer desenhos. Mas essa diversão inocente pode guardar um risco oculto para a saúde. É que a areia pode conter ovos de parasitas de cães e gatos – entre eles, o Toxocara canis. Esse verme encontrado nos intestinos dos cachorros elimina milhares de ovos para o ambiente por meio das fezes dos cães. A criança que brinca na areia contaminada e põe a mão na boca pode acabar doente. No intestino, os ovos eclodem e liberam uma larva que migra para órgãos importantes como o fígado, o coração e os pulmões. Quando o sistema imunológico não consegue combater as larvas, surge a toxocaríase visceral, uma inflamação que se manifesta como anemia, inchaço do fígado, tosse ou asma, geralmente combatida com vermífugos e antiinflamatórios. Para ver se o risco de contaminação seria maior em alguns períodos do ano, Maisa Queiroz, do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, visitou durante 18 meses nove praças e terrenos da região sul de São Paulo freqüentados por crianças. Com a equipe de Pedro Chieffi, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, ela analisou as amostras e constatou que todas continham ovos no estágio em que infectam seres humanos. Havia ovos em maior quantidade entre fevereiro e julho, que inclui o período em que é mais freqüente o cio das cadelas (Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo). Como evitar o problema? “Tratando os cachorros com vermífugos e impedindo o acesso de cães e gatos à areia em que as crianças brincam”, diz Maisa.
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